Campo Grande, MS 16/9/2021 – Essa cultura e a forma ímpar de fazer churrasco em MS, além da qualidade da carne em MS, nos deu a ideia de promover o Festival da Carne em Campo Grande (MS).
A cultura da carne em MS mescla diferentes influências regionais e torna o churrasco uma iguaria
A mistura das diversas origens transformou o churrasco gaúcho em Mato Grosso do Sul. A mandioca amarela que serve de guarnição é oriunda das tradições indígenas, que já habitavam o centro-oeste brasileiro, e o shoyu da influência japonesa, com a vinda dos imigrantes em 1914 para a construção da linha férrea na capital Campo Grande e a carne veio com os gaúchos, quando os primeiros migrantes chegaram no estado, no final do século 18. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo menos 43 mil gaúchos vivem em Mato Grosso do Sul.
Para Márcia Marinho, consultora de marketing, cultura e gastronomia de MS e realizadora do Festival da Carne do MS, a história sul-mato-grossense tornou o churrasco uma tradição na vida do sul-mato-grossense. “Essa cultura e a forma ímpar de fazer churrasco em MS, além da qualidade da carne em MS, nos deu a ideia de promover o Festival da Carne que tem como objetivo fomentar o churrasco e apresentá-lo como protagonista da produção econômica, gastronômica e cultural do estado”, conta a realizadora do evento.
Mato Grosso do Sul é o terceiro maior produtor de gado e quinto maior exportador de carnes do país, conforme a Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul – Famasul -, e conta com um rebanho bovino de 19 milhões de cabeças. “Mais que quantidade, a qualidade da carne nos garante um churrasco de qualidade”, explica a organizadora do evento.
No Brasil, dados apontam que o churrasco surgiu no século 17, nos rincões do Rio Grande do Sul, quando os pampas eram disputados por castelhanos e paulistas. “Os vaqueiros matavam os bois, cortavam o pedaço mais fácil e assavam, por inteiro, num buraco aberto no chão”, conta Márcia. “Com essa quantidade de carne muitos homens se alimentavam e, desde essa época, o churrasco passou a ser para um grupo de pessoas”, completa. Conforme a Embrapa, o Brasil é um dos mais importantes produtores de carne bovina do mundo. Os dados da Associação Brasileira da Indústria da Carne – Abiec – calculam que, atualmente, o Brasil produz 10,32 milhões de toneladas de carne bovina, 26,07% são negociados para dezenas de países em todo o mundo. “A reunião de diversos critérios como qualidade, produção e história é impossível não termos um produto de excelência. Nesse evento, a ideia não é apenas degustar a carne, mas mostrar todo o processo que este produto passou para termos um churrasco de qualidade”, explica.
O Festival da Carne vai reunir assadores como Brunão BBQ (@brunaobbq), que será curador do evento e embaixador da cervejaria Colorado, das lojas Swift, ligada ao grupo JBS. Brunão também é curador do churrasco do cantor Michel Teló, membro da Sociedade do Churrasco da Tramontina e estará no festival para organizar as carnes que serão preparadas, as quantidades e selecionar os assadores.
Alê Ciasca (@aleciasca) também fará parte da equipe de assadores que estará nas estações. Aos 15 anos, Alê manuseava a churrasqueira da casa dos pais em Campo Grande ou na casa dos avós em Araçatuba (SP). Com o tempo, aprimorou-se, fez cursos, participou em eventos como Pantanal Steak e foi responsável por uma estação na Churrascada do Gastrota.
Ele vai dividir uma das estações com Téo Luis (@teoluisbbq), que está há três anos no segmento BBQ. No início, conta que não sabia selecionar as carnes ou usar a churrasqueira. “Só levava pão de alho”, conta. “Depois que participei de uma live promovida pela Prefeitura de Campo Grande ganhei experiência e mais seguidores. Hoje, a galera me pergunta sobre dicas e como funciona esse universo BBQ”, conta. Hoje, Téo é contratado para assar carnes após aprender técnicas de parrilha, fogo de chão, defumação e varal pantaneiro, tendo parceiros de marcas de sal e outros ingredientes.
Lari Churras (@larichurras) é a representante feminina da equipe do Festival. Fã de gastronomia, sempre se colocou à disposição para ajudar na preparação do churrasco e de outros pratos. “Quando eu comecei a estudar sobre o preparo, o modo de fazer, foi aí que eu me apaixonei e comecei a me profissionalizar para deixar de ser hobby”, conta. Lari gosta do churrasco pantaneiro, que é feito no espeto de madeira e assado dentro de um buraco. “E a gente tem cortes específicos como do dianteiro, o surtum. O sul-mato-grossense gosta de um churrasco com uma infinidade de cortes”, analisa. Lari será responsável por uma das estações, selecionando qual proteína vai trabalhar e também as guarnições.
A expectativa é reunir 700 pessoas por dia, entre criadores, produtores rurais, consultores, empresários, consumidores e público em geral. Durante o festival, os visitantes poderão comprar alimentos e bebidas no local. Reunindo setores da produção e reprodução animal, a organização destaca que seguirá todos os protocolos de biossegurança. O evento é uma realização de Márcia Marinho e Campo Grande Destination em parceria com Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Campo Grande) e Fundtur (Fundação de Turismo de Campo Grande).
Website: http://www.satocomunicacao.com.br