São Paulo, SP 17/5/2021 – Quando realizado de forma cuidadosa e respeitando os traços do paciente, o procedimento é muito natural, impossível dizer que se trata de um transplante
Médica fala sobre as principais curiosidades do procedimento cada vez mais buscado por homens e mulheres
A alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície, tem impacto direto na autoestima dos pacientes que sofrem com isso. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cabelo (SBC), mais de 40 milhões de brasileiros sofrem com o problema que, apesar de mais comum entre o público masculino, também pode ser observado em mulheres. Entretanto, este tipo de desconforto possui soluções inovadoras e com resultados naturais, como o transplante capilar por meio da técnica FUE (Follicular Unit Extraction). O procedimento vem ganhando cada vez mais espaço no cenário nacional e desde o começo da pandemia, pode-se observar o aumento de mais de 50% na procura pela cirurgia.
“Quando realizado de forma cuidadosa e respeitando os traços do paciente, o procedimento é muito natural, impossível dizer que se trata de um transplante”, revela a Dra. Cintia Carvalho, cirurgiã plástica com formação pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em transplante capilar.
Segundo a médica, a FUE não utiliza cortes com bisturi, uma vez que os folículos são retirados um a um da região lateral e posterior da cabeça, e depois inseridos para corrigir a área calva. “Há ainda a possibilidade de utilizar folículos de outras regiões do corpo, como da barba ou do tórax, caso a calvície seja muito avançada e com área doadora pobre”, explica a especialista. O procedimento é indicado também para diminuição da fronte (testa) e correção de cicatrizes.
Por ser um procedimento ainda pouco conhecido e em ascensão no Brasil, ainda é um tema carregado de dúvidas. Por isso, a Dra. Cintia preparou uma lista sobre as principais perguntas feitas no consultório pelos pacientes que desejam elevar sua autoestima com o transplante capilar:
1- O nome correto é implante ou transplante capilar?
Como os fios de cabelo são retirados do próprio paciente e transferimos para outra área, o nome correto é transplante capilar. Porém, o procedimento é popularmente conhecido como implante capilar.
2 – Quais as diferenças entre as técnicas FUE e FUT?
A técnica FUT gera uma cicatriz na região posterior da cabeça, de orelha a orelha, na área onde é retirado o fuso de pele para obtenção dos folículos. Já na FUE, os folículos são retirados um a um, gerando milhares de micro cicatrizes na área doadora, mas que não são visíveis a olho nu, mesmo com o cabelo raspado curto (dependendo, é claro, da experiência e delicadeza da equipe cirúrgica). Como é menos invasiva e não tem pontos, o retorno às atividades habituais costuma ser bem mais rápido que na FUT.
3 – A cirurgia é dolorida?
O paciente não costuma sentir dor importante após a FUE, mas pode sentir uma certa ardência na área doadora, especialmente entre o quarto e sétimo dia de pós- operatório, que é usualmente resolvida com uso de analgésicos prescritos.
4 – O cabelo transplantado cai?
É natural que os fios transplantados caiam inicialmente para depois começarem o processo de crescimento permanente. A queda acontece nas primeiras semanas depois do procedimento e, a partir do terceiro mês, os fios voltam a crescer. A partir do sexto mês de pós-operatório, a mudança já começa a ficar visível e o resultado final da cirurgia se dá com 12 meses.
Importante ressaltar que fios transplantados são permanentes e não são afetados pela alopecia androgenética. E, por este motivo o transplante capilar tem sido cada vez mais procurado tanto por homens quanto por mulheres, pois fornece um resultado natural e duradouro no combate à calvície androgenética.
A maioria dos cirurgiões evita realizar a cirurgia em pacientes menores de 25 anos. Mas cada caso tem que ser analisado individualmente pois, quando a calvície já está definida, pode ser indicado o procedimento mesmo nessa faixa etária. Nesses casos, a cirurgia tem algumas peculiaridades, mas geralmente é sugerida por trazer uma melhora significativa na autoestima desses pacientes muito jovens.
Outro ponto importante é que, no caso dos pacientes mais novos, cuja alopecia ainda não atingiu a estabilização – que acontece entre 45 e 55 anos, recomenda-se fazer o tratamento clínico antes e depois da cirurgia, na tentativa de controle da tendência de queda capilar.
6 – Quem tem cabelos brancos pode realizar o transplante capilar?
Sim, podem. Não há qualquer problema ou impeditivo e os resultados serão os mesmos dos fios coloridos, tanto o procedimento quanto a recuperação. Não há diferença e quem tem cabelos brancos também pode dizer adeus à calvície.
Só lembrando que os fios transplantados mantêm a característica original, ou seja: se foram extraídos folículos brancos, os novos cabelos nascem brancos.
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