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São Paulo recebe Bienal e exposições em diferentes partes da cidade

São Paulo, SP 29/9/2021 – Yuko Mohri é uma artista visual que apresenta em suas obras ideias de transitoriedade e
impermanência, criando esculturas cinéticas e sonoras

A 34ª edição da Bienal de São Paulo conta com parceria de instituições por toda a cidade

Quando a Bienal de Arte de São Paulo foi inaugurada, em 1951, graças aos esforços combinados de Francisco Matarazzo Sobrinho, sua esposa Yolanda Penteado, o patrocínio do Museu de Arte Moderna (MAM), e da inspiração na Bienal de Veneza, não era esperado que o evento se tornasse um dos principais circuitos das artes fora do eixo Europa – Estados Unidos.

Sua primeira edição, considerada muito ousada para os recursos do país na época, foi realizada no Mirante Trianon, na Avenida Paulista, onde hoje se encontra o Museu de Arte de São Paulo (MASP). Três anos depois, foi construído o Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, assinado por Oscar Niemeyer, para abrigar o evento que este ano chega a sua 34ª edição, no qual a Fundação Bienal de São Paulo reúne mais de mil trabalhos de 91 artistas de todos os continentes, incluindo o apoio de uma rede de 25 instituições com exposições e mostras culturais por toda a capital paulista e não apenas no Pavilhão no Ibirapuera.

A 34ª edição, que comemora os 70 anos do evento no país e foi prevista para ocorrer em 2020, precisou ser repensada e adaptada por causa da pandemia de covid-19. As mudanças não ocorreram somente no plano físico, como também no digital. Mantendo sua essência e encontrando novas maneiras de se conectar com o público, foi lançado o catálogo digital tenteio com narrativa visual e textual composta pelos 91 artistas atuantes na exposição. As obras e intervenções artísticas também se espalham pela cena paulistana com artistas que
expandiram a mostra para outros espaços trazendo pluralidade de visões, culturas, momentos históricos e essências como o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), a Casa do Sertanista, O Instituto de Arte Contemporânea, a Pivô – no Edifício Copan, o Sesc Pompeia, a Japan House São Paulo, entre outros.

A edição da Bienal deste ano acontece até o dia 5 de dezembro e destaca entre os artistas internacionais, a japonesa Yuko Mohri, que também esteve presente na mostra coletiva “Vento”, que ocorreu em 2020, como parte das exposições adjacentes desenvolvidas pela Bienal. “Vento” foi composta majoritariamente por obras em áudio e vídeo, buscando reforçar as ideias de espaço e distanciamento, reforçados por meio da pandemia, em um espaço sem paredes expositivas ou elementos que pudessem distanciar os visitantes dos trabalhos em grandes dimensões que ocupavam todo o espaço arquitetônico do Pavilhão.

Yuko Mohri é uma artista visual que apresenta em suas obras ideias de transitoriedade e impermanência, criando esculturas cinéticas e sonoras baseadas na filosofia do “you no bi”, que valoriza a beleza de objetos cotidianos. Ela utiliza em suas instalações elementos intangíveis como espaço, luz, magnetismo e gravidade, frequentemente combinados a elementos domésticos e cotidianos para criar objetos ou dispositivos capazes de se movimentar, emitir sons ou luz, ou ainda gerar campos de energia.

A artista chega na Bienal com duas obras: o trabalho Voluta, que tem como inspiração a parte superior de colunas arquitetônicas e o braço de instrumentos musicais, e consiste em um mecanismo que transforma uma música reproduzida de um iPod em um sinal elétrico convertendo o som em força magnética que, por sua vez, causa o movimento de objetos de metal, criando uma fusão dos diferentes elementos em um só. Já sua segunda obra exposta é a peça I CAN’T HEAR YOU (Não consigo ouvir você), uma peça interativa criada exclusivamente para o Pavilhão e comissionada pela Fundação, que consiste em um corredor sonoro que o público deve percorrer até encontrar o ponto exato em que os áudios distintos se sobrepõem e tocam em uníssono, lidando com o sensorial e as noções espaciais das pessoas.

Além das obras do Pavilhão do Ibirapuera, o trabalho de Yuko também pode ser apreciado em uma exposição que faz parte da rede colaborações da 34ª Bienal de São Paulo. Exclusivo e inédito para a Japan House São Paulo, ela apresenta a instalação “Parade – um pingo pingando, uma conta, um conto”, que surgiu da junção de suas obras prévias “Parade” e “Moré Moré” e da inspiração de Yuko pela música “Águas de Março”, de Tom Jobim. A obra consiste em uma máquina capaz de “ler” imagens presentes em uma toalha de mesa e transformá-las em sons, que por sua vez compõe uma música a partir do movimento de objetos cotidianos não convencionais, como espanadores de pós e lápis. Sua mostra individual fica em cartaz no segundo andar da instituição nipônica até o dia 14 de novembro, com entrada gratuita.

34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto
4 de setembro a 5 de dezembro de 2021
terça, quarta, sexta e domingo, das 10h às 19h (última entrada às 18h30)
quinta e sábado, das 10h às 21h (última entrada às 20h30)
Entrada gratuita
Acesso mediante apresentação de comprovante de vacinação contra Covid-19
Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque Ibirapuera – São Paulo, SP

Japan House São Paulo – Avenida Paulista, 52
“Parade – um pingo pingando, uma conta, um conto”, de Yuko Mohri
Período: de 31 de agosto a 14 de novembro de 2021
Entrada gratuita
Reserva online antecipada (opcional): https://agendamento.japanhousesp.com.br/
A exposição conta com recursos de acessibilidade
Terça a sexta-feira, das 10h às 17h
Sábados, domingos e feriados | das 9h às 18h
Entrada gratuita
*Devido ao coronavírus, a instituição funciona com capacidade reduzida. Mais informações pelo site da Japan House São Paulo https://www.japanhousesp.com.br/

Website: https://www.japanhousesp.com.br/

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