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A Duquesa – Netflix

A Duquesa foi escrito, produzida e protagonizada por Katherine Ryan, uma atriz inglesa que nos presenteia com uma comédia com pitadas ácidas de realidade. Ainda mais nos dias de hoje que, o mundo inteiro se questiona a respeito do preconceito, machismo e etc.

Na produção acompanhamos a vida de uma mãe solteira canadense que vive em Londres com sua filha, Olive. Sua filha, como não poderia ser diferente, é a sua verdadeira razão de viver, a única coisa que deu certo em um relacionamento fracassado.

Apesar da situação com o pai de Olive, Kate, pensa em ter um segundo filho e, para as coisas não ficarem tão estranhas, ela pretende ter seu segundo filho com o pai de Olive. De um certo lado, por se tratar de uma mulher dependente, isso pode realmente fazer sentido.

Katherine vive um relacionamento, porém, apesar dos momentos de ternura ao lado da filha, é uma mulher forte e que luta perante a sociedade por seu espaço e reconhecimento. O filme retrata muito bem as dificuldades e as diferenças entre pai e mãe solteiros.

O roteiro é bem interessante, dá uns deslizes aqui e ali, mas nada que comprometa a qualidade da série, alias, serão seis episódios, cada um com trinta minutos, ou seja, é uma daquelas séries bem interessantes para se maratonar em um final de semana.

Enfim, voltando ao trabalho. O elenco também é bem interessante e nos passa aquela sensação de que cada um nasceu para aquele papel. Katy Byrne, que dá vida à personagem Olive é fantástica e realiza um trabalho surpreendente.

Katherine Ryan também dá um show a parte, ainda mais levando em consideração que ela trabalhou… melhor dizer: se dedicou a este trabalho de uma forma dedicada. Por isso, o que podemos encontrar no filme é uma crítica ao machismo que ainda circula entre nós.

Das batalhas que uma mulher que decide ser independente se depara pela frente. O relacionamento de mãe e filha é tocante e deixa claro que ambas são grandes amigas, porém, o namoro e o pai biológico transformam a vida de Katherine de uma forma inesperada.

Claro que isso é algo importante para dar sentido ao filme, afinal, o que seria do protagonista sem o seu antagonista? Não é mesmo? E este é um ponto bem importante, claro, não é comum vermos uma mãe solteira buscando um segundo filho com o mesmo pai.

Se for analisar, se não deu certo da primeira vez, como dará da segunda? No entanto, fica claro que, Katherine quer ter outro filho, mas não quer uma família tão fragmentada, ou seja, filha de um e de outro, mostrando o lado independente e inteligente da mulher. 

Além disso, por mais que a química não tenha dado certo com o ex-marido, pelo menos essa química gerou uma garota perfeita, companheira e que está ali passando por todas as dificuldades com a mãe em busca daquilo que sempre buscaram: ser felizes e independentes.

Assinatura

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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