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O destino de uma nação

Gary Oldman se transforma dando vida ao personagem Winston Churchill em O Destino de uma nação (Darkest hour).

Filme de sucesso que garantiu grandes indicações ao Oscar, levando duas estatuetas para casa: entre elas, para Gary Oldman como Melhor Ator, então, dá para imaginar o que vem pela frente.

A trama do filme gira em torno de Churchill analisando a possível aliança com Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto vê a Inglaterra caindo.

Você pode achar que O destino de uma nação, é mais um filme daqueles a respeito de um determinado período da História, mas, acredite, ele pode surpreender devido à sua maneira de apresentar os fatos ao público.

Um detalhe interessante para se trazer em destaque é o fato de o filme ser uma espécie de fechamento de eventos que acompanhamos em outros, como: O Discurso do Rei e Dunkirk, que abordam períodos da História que culminam justamente nesse filme que estamos falando, ou seja, O destino de uma nação, fecha uma trilogia.

 

Atuação de Gary Oldman

Perceberam que não citei nenhum outro ator de O destino de uma nação?

Isto tem uma razão: podemos dizer que o filme é uma espécie de monólogo para Gary Oldman que conquista e garante seu posto como um dos grandes atores e, merecedor do Oscar.

Alguns críticos não levaram isso em consideração e assumiram que ganhou o prêmio devido à fantástica maquiagem usada.

Os maquiadores realmente merecem destaque, por incrível que pareça, Oldman realmente lembrou e muito Winston Churchill.

Entretanto, o que adianta a capa de um livro ser linda e maravilhosa, se seu conteúdo é péssimo? Por isso, vale chamar atenção para Oldman e seus trejeitos que trouxeram de volta ao mundo a presença de Winston.

 

Winston Churchill em O destino de uma nação

Outro ponto que vale chamar atenção é como Oldman consegue retratar o espírito de Winston Churchill: um homem que até mesmo o rei daquele tempo, tinha medo.

Mas, o engraçado da História é: de um lado, vemos um Churchill briguento, que não tem papas na língua para defender aquilo que acredita e, do outro lado, temos o Winston casado e apaixonado por sua esposa.

Devido ao seu modos operanti, chegaram a pensar em tirá-lo de sua posição, mas quem seria louco suficiente para isso? Ainda mais sendo massacrado pela Segunda Guerra.

Todos os demais membros do parlamento sabem que a melhor saída para a sobrevivência do país é aceitar o tratado de paz com Hitler, no entanto, a votação tem um voto contra — alguém teimoso o suficiente para não permitir que tamanha loucura seja perpetrada.

Para as pessoas que estão do lado de fora, parece que a teimosia de Churchill é algo infantil, até mesmo para aqueles que assistem acreditam que o país deva firmar, no entanto, ele não aceita o plano e começa uma guerra civil entre os políticos do país.

Para você ter uma ideia da naturalidade de Churchill, ao fugir no meio do dia, ele simplesmente pega o metrô e as pessoas, começam a olhar surpresos e, subitamente ele pergunta: “Nunca viram um primeiro ministro andando de metrô?”

Algo que destaca a maneira como o político vê seus eleitores. Aliás, Winston Churchill faz questão de anotar nomes e perguntar a respeito do que acham acerca de seus próximos passos.

 

O destino de uma nação: mais do que uma biografia

A parte técnica do filme merece todos os aplausos, começando pela maquiagem espetacular de Gary Oldman e também a fotografia que consegue captar imagens e sensações formidáveis.

E ainda, melhorando com a utilização na tonalidade certa do sépia para trazer de volta aqueles velhos tempos de transformação. 

O destaque maior dessa obra de arte fica, sem dúvidas alguma, para Gary Oldman, que trouxe à vida uma personagem histórica.

Falando em História, O destino de uma nação conta uma parte da história de uma maneira interessante e muito atrativa, algo que torna a produção ainda mais especial e digna de aplausos. Vale a pena assistir!

 

O Destino de Uma Nação (Darkest Hour) – Reino Unido, 2017
Direção: Joe Wright
Roteiro: Anthony McCarten
Elenco: Gary Oldman, Lily James, Kristin Scott Thomas, Ben Mendelsohn, Ronald Pickup, Stephen Dillane, Nicholas Jones, Samuel West, David Strathairn, Richard Lumsden, Jeremy Child, Malcolm Storry, David Schofield, Adrian Rawlins, Benjamin Whitrow
Duração: 125 min.

Assinatura

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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