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Nova Literatura Brasileira: Daniel Galera

Galera é um escritor brasileiro da atualidade. Com 41 anos, já acumula prêmios e compartilha seus escritos com o público por meio de canais digitais.

 

Daniel nasceu em São Paulo, em 1979, mas vive em Porto Alegre. Fez faculdade de Publicidade na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e logo virou colunista de uma fanzine eletrônica chamada CardosOnline.

A CardosOnline foi criada em 1998, no meio de uma greve em que as universidades ficaram paralisadas. A fanzine começou a funcionar por meio de envio de e-mails, de produções feitas por Galera e por mais dois amigos, além de e-mails enviados pelos leitores também.

Com pouco mais de sete dias de funcionamento, os colunistas foram escalados e logo ela chegou a ter mais de 3 mil assinantes e quase 280 publicações durante os três anos de atividade.

Depois que encerraram as atividades da fanzine, Daniel abriu uma editora, junto com alguns amigos da CardosOnline, a Livros do Mal. Depois de 4 anos ela foi encerrada e Galera começou a trabalhar como coordenador do Livro e da Literatura na Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Porto Alegre.

A Livros do Mal funcionou de 2001 a 2004 e ela cumpriu bem o seu papel de renovar a cena da literatura brasileira no início do século. A editora lançou nove livros e chegou a conquistar o Prêmio Açorianos de Literatura, pela Prefeitura de Porto Alegre. Dois desses nove livros foram adaptados para o cinema (“Cão Sem Dono” escrito por Galera e dirigido por Beto Brant e “Ainda Orangotangos” escrito por Paulo Scott e com direção de Gustavo Spolidoro).

Daniel foi o responsável pelas traduções de grandes obras, como ”Trainspotting”, de Irvine Welsh e “Ficando Longe do Fato de já Estar Meio que Longe de Tudo”, de David Foster Wallace. À parte disso, também publicou quatro livros, além de alguns contos.

Seu primeiro livro foi escrito aos 22 anos, “Dentes Guardados”. Aos 23, escreve mais um livro, o “Até o Dia em que o Cão Morreu”  que ganhou uma adaptação cinematográfica sob o título “Cão Sem Dono”. A sua terceira publicação foi com a Companhia das Letras: “Mãos de Cavalo”.

Em 2008, Daniel escreve a quarta obra, “Cordilheira”. A novela fez parte de um projeto da editora, em que os autores visitavam cidades do exterior para escrever suas narrativas; no caso de Daniel, foi Buenos Aires. 

A produção ainda venceu o Prêmio Literário Machado de Assis, na categoria Novela Romântica. Ficou também em 3º lugar no Prêmio Jabuti de Literatura. Outro ponto que merece destaque na vida do jovem escritor é que ele foi considerado um dos melhores 20 escritores brasileiros contemporâneos, pela revista Granta.

Em 2012, escreve sua obra-prima “Barba Ensopada de Sangue” e, em 2016, Daniel escreveu seu livro mais recente “Meia-Noite e Vinte”.  Hoje ele é casado com Taís Cardoso e tem uma filha chamada Sara. Escreve regularmente no tinyletter.com e tem uma newsletter chamada “Dentes Guardados”, desde o início do ano passado. Os e-mails são sobre notas pessoais, comentários literários e até contos inéditos.

“Barba Ensopada de Sangue”

A história se passa com um professor de Educação Física buscando abrigo em um balneário de Santa Catarina, Garopaba, depois que o seu pai morre. A ideia desse personagem, ainda sem nome, é se isolar geográfico e psicologicamente. 

Outro fato que o perturba é o assassinato não esclarecido do avô, Gaudério. Assim ele começa a contar com a ajuda de moradores peculiares, acompanhado pela cadela do pai, a Beta. 

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Colaborador Beco das Palavras
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