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Dua Lipa: Feminista e… Nova Rainha do Pop?

A cantora, modelo e compositora Dua Limpa começou cedo no Pop, semelhante a ícones como Lady Gaga e Madonna. Por que ela tem tanto potencial?

 

História de vida da Dua Lipa

A cantora nasceu em 1995, em Londres. Seus pais foram refugiados de Kosovo, península dos Bálcãs, e deram o nome “Dua” porque, no idioma nativo deles, significa “amor”. No entanto, ela odiava o nome. 

Preferia que fosse “Sarah”, “Hannah”, ou qualquer outro mais comum. O pai, Dukagjin Lipa, é gerente de marketing e a mãe, Anesa Lipa, trabalha com turismo. Dua tem dois irmãos mais novos.

Em Westminster, Londres, ela estudou em uma escola de teatro (a mesma que Amy Whinehouse frequentou). Mas em 2006, o exílio da família acabou e ela se mudou para Kosovo. Na nova escola, ela tomou gosto pelo hip hop. Dua também tinha influência do pai dela, ex-integrante de uma banda de rock. Com 14 anos, ela começou a postar músicas cover da Pink e da Nelly Furtado no YouTube. 

Logo depois ela decidiu voltar para a Inglaterra com o objetivo de ser cantora. Quando ela se deu conta que tinha condições de entrar para a Música, passou a apreciar seu nome. Lipa volta para a escola de teatro e começa a trabalhar também como recepcionista de restaurante. Depois ela consegue um job como modelo, mas rapidamente largou porque queriam que ela perdesse peso. 

 

A trajetória

Com 18 anos ela se apresentou no The X Factor e logo mais assinou um contrato com uma gravadora. Na época ela até trabalhava de garçonete, mas conseguiu trocar de trabalho e ser paga para produzir músicas. Em 2015, ela lançou seu segundo single “Be the One” que foi o número um em mais de 10 países. 

No ano seguinte, ela já estava em turnê e depois conseguiu seu primeiro prêmio no SCTV Music Awards, como jovem artista promissora. Foi realmente tudo muito rápido.

Já com esse sucesso inicial, mesmo sem garantias duradouras, ela e o pai criaram a Fundação Sunny Hill, para refugiados de Kosovo. Em dois anos ela também organizou um festival beneficente para a Fundação. Em 2019, ela fez outra edição do festival e convida a Miley Cyrus para se apresentar.

Em 2017, ela lança seu primeiro álbum “Dua Lipa” que teve oito singles. Como o título sugere, esse primeiro trabalho foi uma representação do que a jovem é como pessoa e artista. Hoje ela afirma que seu estilo é “dark pop”, embora já tenham afirmado que é synthpop e dream pop.

“Me desculpem (sic). Eu criei monstros.”

Em paralelo ao desenvolvimento das suas habilidades musicais, Dua Lipa cresceu como uma feminista ativa, mas ponderada. Ela relembra suas recordações de infância, em que voltava tarde da noite da escola e apressava o passo por causa dos garotos da rua. Não deixou que o padrão estético da indústria da moda mudasse sua essência e ainda combateu o ataque geral à masculinidade. 

Mas que ataque?

Nas músicas de Dua, aparecem versos feministas muito evidentes, no contexto de relacionamentos específicos que ela vivenciou, mas isso acabou virando pretexto para algumas mulheres odiarem os homens de forma genérica. Ela reagiu a essa constatação pedindo desculpa e considerando esse comportamento monstruoso, já que a ideia é pedir igualdade, e não mais opressão.

Sua posição política é de esquerda, tendo apoiado o Partido dos Trabalhadores no Reino Unido e o democrata Bernie Sanders, nos EUA.

Hoje ela ainda vive em Londres e namora o modelo Anwar Hadid. Seu segundo álbum lançado é o mais recente. Confira essa baita análise musical de “Future Nostalgia”!

 

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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