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O Morro dos Ventos Uivantes

Para fazer uma resenha, você deve gostar disso, imagina fazer uma resenha de um clássico atemporal como “O morro dos ventos uivantes”, terminei de ler o livro tem 1 semana, e somente hoje consegui expressar o resultado que essa leitura teve em mim. Acredito que por simplesmente adorar o clima do campo, logo de cara identifiquei-me com o plano de fundo da trama., um ambiente sombrio e misterioso, ou seja tudo o que gosto.

Logo após ler o livro, conversando com a Luciana (Colunista do Coolture e administradora do blog parceiro “Beco das Palavras), conheci um pouco da história da autora e do livro, e ai simplesmente “ferrou”, o que já era uma grande admiração por ser uma grande obra, se tornou paixão, e fui em busca de algumas informações sobre a autora. O que aconselho todos, que tem a intenção de ler ou que já leram o livro, a fazer. Vamos a um breve resumo da história.

O Sr. Lockwood, é o novo inquilino da ‘Granja dos Tordos’, e logo o clima sombrio e misterioso que cerca sua nova residencia, assim como a de seu vizinho (e proprietário da Granja). Logo descobre uma pessoa que pode lhe contar toda a história, Ellen Dean, a governanta da ‘Granja’. Assim, junto com o Sr. Lockwood, conhecemos a história de uma amor não correspondido, intenso, tempestuoso e vingativo.

Heathcliff, um menino indefeso, que foi adotado pelo Sr. Earnshaw, pai de Catherine e Hindley, que passou a ser o ‘predileto’, o que gerou ciúmes em Hindley, que pode descontar toda a sua raiva frustração após a morte do pai. Catherine e Heathcliff eram inseparáveis, e mesmo com um sentimento tão grande os unindo, a vida (e pessoas) os separaram. Catherine cresce, e tem a sua disposição toda a educação que uma moça de familia deveria ter (apesar de seu temperamento difícil), Heathcliff cresce como um simples e rude empregado da familia. As diferenças entre eles torna impossivel aos, olhos da sociedade, um relacionamento, e Heathcliff ao escutar Catherine proferir essas palavras, vai embora. E assim a moça se casa com Edgar Linton, levando uma vida normal, desde que Edgar e Isabella (sua cunhada) não a contrariassem (sério, seu temperamento era impossível!).

Certo dia Heathcliff retorna, totalmente mudado, porem ninguém sabe o que andou fazendo nesse período fora. Porém com somente uma coisa na cabeça: Vingança. O mesmo personagem que aprendemos a ter ‘pena’ nos força a odiá-lo, afinal, como disse Isabella (que teve a oportunidade de provar de tal veneno), ele é um monstro.

Tem muito mais histórias até o final do livro, mas não vou contar, porque quero que vocês sintam o que eu senti quando li esse livro, afinal eu conhecia somente o nome, e confesso que levei um susto quando olhei a data de publicação da obra (1847), paixões quase doentias, preconceitos, discriminações sociais, injustiça, choques emocionais, ou seja, os defeitos da humanidade retratados de uma forma tão exposta, em uma época em que esses temas eram ‘limitados’, não é por acaso a, inicialmente, rejeição pelo publico inglês.

Quem nunca teve sede de vingança? E esse livro nos mostra que esse sentimento e as ações praticadas para esse fim, não traz a paz, e apesar de você sentir-se feliz quando consegue esse objetivo, é uma felicidade passageira, que serve somente para esconder o quanto sua vida pode se tornar miserável, e você acabar só. Heathcliff sofreu na pele as conseqüências de seus atos, e estava tão cego que não deu oportunidade para o amor entrar em sua vida, e nem se permitiu amar outra pessoa, inclusive seu filho. E com isso sua existência só será lembrada com desprezo.

Luciana
Jornalista e editora, mestre em rádio e televisão.

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