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Coleção Milennium #1 e #2, de Stieg Larsson

Hoje temos resenha dupla no blog, pela primeira vez.

A maioria dos leitores já deve ter ouvido falar dos livros de ficção-policial de Stieg Larsson, da coleção Milennium: Os homens que não amavam as mulheres / A menina que brincava com fogo / A rainha do castelo de ar.

Lançados em 2009 no Reino Unido e nos Estados Unidos, a coleção de histórias investigativas do autor Sueco tem a sua inspiração em Pippi Longstocking para descrever Lisbeth Salander, a personagem principal. No Brasil, Pippi é conhecida como Pippi Meialonga e é uma garota de nove anos, magricela, espoleta, que não quer crescer e que possui uma força absurda. Alguma semelhança com Lisbeth?

Há uma curiosidade sobre esta coleção de livros que dá um gostinho a mais para a leitura. Stieg Larsson, autor sueco de romances policiais, faleceu em 2004, um pouco antes dos livros serem oficialmente lançados. A coleção se tornou um sucesso imediato, de acordo com o site do autor, o qual eu recomendo a visita. No site, há diversas curiosidades sobre a trilogia, os personagens, os filmes…

 

Vamos às resenhas?

No primeiro livro, Os homens que não amavam as mulheres, Larsson passa um bom tempo descrevendo o contexto da trama. Ele já começa bem com as primeiras imagens do capítulo um. Um senhor idoso recebe pelo correio uma caixa de vidro com uma bela flor dentro. Todos os anos, em seu aniversário, ele recebe uma flor, geralmente rara, desconhecida e sem remetente.

Henrik Vanger tem certeza de que a pessoa que envia anualmente essas flores, há quarenta anos, seja o assassino de sua sobrinha-neta, Hariet, que desapareceu sem deixar vestígios. O pior, ele também acredita que o assassino seja um dos seus familiares, pois seus parentes são realmente excêntricos e suspeitos.

Após anos procurando por Hariet, Henrik Vanger decide contratar Mikael Blomkvist, um jornalista de um jornal sueco, para ir em busca de sua sobrinha-neta. Sim, aparentemente um jornalista consegue realizar o papel de detetive particular e, isto graças à Pippi Meialonga, quero dizer, Lisbeth Salander. A personagem possui uma Inteligência acima do normal e é uma das melhores hackers da Suécia, o que facilita o trabalho de investigação de Mikael. Juntos, o mistério da sobrinha desaparecida é resolvido e, confesso que me surpreendi com o final.

Salander é o ponto alto dos livros de Stieg Larsson. É uma personagem única, que faz o leitor se intrigar com ela, mesmo que seu caráter nem sempre seja o correto. Sabe quando a gente torce pelo ladrão, nos filmes, ao invés de torcer pelo mocinho? Te apresento Lisbeth Salander.

Recomendo a leitura do primeiro livro. Quem acompanha as minhas resenhas sabe da minha suspeita em ler Best-sellers, mas de vez em quando faz bem, ajuda a passar o tempo.

No segundo livro, A menina que brincava com fogo, vimos a própria Lisbeth Salander como centro da história, literalmente. Alguns acontecimentos criminosos são relacionados com a sua vida e, todo o histórico da personagem é trazido à tona. Conhecemos então o passado de Lisbeth, algo que nos ajuda a entender o por quê de ela agir de forma agressiva e introspectiva, muitas vezes.

Mikael Blomkvist parte para apoiar Lisbeth, mesmo que a maioria das pessoas acredite que ela seja a culpada pelos crime que vêm acontecendo. O jornalista não duvida de sua inocência e até elogia seu caráter aos policiais, que vão à caça pela tão contraditória personagem, que usa tatuagem, piercing e tem um pouco mais que um metro e meio de altura.

O segundo livro já não me prendeu tanto e até perdi um pouco de expectativa sobre o terceiro. Não sei o que esperar. Acho que estou mais curiosa em relação aos filmes que serão lançados.

Para os que gostam de romances investigativos e deseja conhecer melhor a coleção Milennium, leia trechos do livro 1 e 2. Se quiser comprar as obras, da editora Companhia das Letras, visite o site da Livraria Cultura e veja também outros livros do autor.

10 thoughts on “Coleção Milennium #1 e #2, de Stieg Larsson

  1. acho que vc se enganou Lívia, essa resenha é tripla pois vc tbm fala da Pipi rs.

    eu gostei dos dois livros, falta só terceiro. Achei o Larsson muito inteligente, é dificil hj em dia fazer livros policiais sem deixar na cara o bandido. No primeiro livro eu ficava a todo momento mudando minha opinião de quem seria o assassino.

  2. A história deve ser boa! Eu gosto muitooo de ler, é o que eu mais gosto de fazer, e digo que foi uma boa dica! Já conhecia esses livros, porém não tinha muita vontade de ler! Vou alugar no meu colégio, e ver se gosto do livro!
    Parabéns pelo blog!
    Obirgado pela dica!
    Abraço!

    Comente no meu blog também:
    http://enricows.blogspot.com/

  3. Eu gosto muito de romances investigativos, mas confesso que ha algum tempo que não leio um.
    Este me pareceu muito dinâmico. Parece boa a história, mas muito da qualidade dos livros se devem mais à maneira que o autor conta a estória do que a estoria propriamente dita.

    Eu acho essas iniciativas muito legais. Creio que incentiva a leitura além de serem muito informativas.

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    [green] O meu >> http://coracaoonline.blogspot.com/

  4. Me interessa muito romances investigativos, este partiicularmente me parece bastante interessante. Apesar de achar que as boas estorias se devem muito mais à maneira que o autor a conduz do que a estória propriamente dita.

    Eu acho essas iniciativas muito legais. Incentiva a leitura indicando livros que a pessoas já tem uma noção sobre se vai ou não curtir.

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    > http://coracaoonline.blogspot.com/

  5. Foi o livro que me iniciou no romance Policial. E que iniciação!
    Com o final ultra-suspense do livro 2 vc nao ficou com curiosidade de saber como continua??
    Li os 3 e acredite, quando a gt termina de ler o segundo e imagina que a coisa não pode melhorar [ou piorar], aí é que vem a melhor parte!
    Vi o filme feito na Suécia, não gostei. Omitiu muita coisa importante pra estória. Espero que a adaptação de Hollywood seja bem melhor.

  6. Li toda a trilogia e recomendo MUITO! Foi o que me fez realmente ter interesse por Romance Policial, e fiquei completamente apaixonada pelos personagens que tem personalidades extremamente interessantes.

    É uma ótima pedida. Recomendo.

    E parabéns pelo blog. Cai aqui de para-quedas e por acaso, em busca de uma crítica sobre o livro Bom dia, tristeza e fiquei muito satisfeita em como descreve os livros. Pretendo acompanhar.

    Bons fluidos. P.

  7. Só li o primeiro livro, e achei meio atum, meio mussarela. Como romance policial, deixa a desejar. A mistureba de assuntos também cansa um pouco. E ficar retornando o tempo todo para a página da genealogia dos Vanger para lembrar de quem diabos eles estão falando ajudou, e muito, a piorar minha gastrite. “Os homens que não amavam as mulheres” me lembra clássicos como “O caçador de pipas” e “A meninas que roubava livros”: qualquer zé que lia um livro por ano se achava no direito de comentar: “Magnífico! Uma obra-prima!”

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